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Os corredores ecológicos, ou corredores de biodiversidade, são grandes porções de terra que recebem ações coordenadas, cujo objetivo é a proteção da diversidade biológica. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), eles envolvem o fortalecimento e a conexão de áreas protegidas dentro do corredor, incentivando usos de baixo impacto ao implementar uma alternativa mais abrangente, decentralizada e participativa de conservação.
Em linhas gerais, os corredores ecológicos podem ser definidos como áreas que unem os fragmentos florestais ou unidades de conservação separados por interferência humana como, por exemplo cidades, estradas, cultivos agrícolas ou atividade madeireira. Seu objetivo principal é permitir o livre deslocamento de animais, facilitar a dispersão de sementes e ampliar a cobertura vegetal.
O conceito de corredor ecológico surgiu durante os anos 90, fomentado por debates na comunidade científica relacionados à preservação ambiental. São criados com base em profundos estudos sobre o deslocamento das espécies animais e a distribuição de suas populações. A partir desses dados são estabelecidas regras de utilização das regiões a fim de amenizar e ordenar os impactos ambientais das atividades humanas.
Em tal contexto, a arquitetura e o urbanismo são importantes ferramentas para a construção de corredores ecológicos que possibilitam a interação saudável e sustentável entre os seres humanos e a natureza, ampliando a conscientização ambiental. Por meio deles, a arquitetura da paisagem torna-se um artefato estético e sensorial para a reconexão entre todos os organismos vivos, representando um meio para o desenvolvimento sustentável em um cenário contemporâneo no qual a natureza tem sido vista como objeto.